sábado, 3 de outubro de 2015

JUVENTUDES - DCNEB / PPP

AS JUVENTUDES

(Texto extraído das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica - MEC, 2013, páginas 155-157)

Os estudantes do Ensino Médio são predominantemente adolescentes e jovens. Segundo o Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE), são considerados jovens os sujeitos com idade compreendida entre os 15 e os 29 anos, ainda que a noção de juventude não possa ser reduzida a um recorte etário (Brasil, 2006).
Entender a juventude do Ensino Médio em suas múltiplas dimensões significa superar uma noção homogeneizante e naturalizada desse estudante, passando a percebê-lo como sujeito com especificidades próprias que não estão restritas às dimensões biológica e etária, com valores, comportamentos, visões de mundo, interesses e necessidades singulares.
Além disso, deve-se também aceitar a existência de pontos em comum que permitam tratá-lo como uma categoria social. A identidade juvenil situa-se em processo de contínua transformação individual e coletiva, a partir do que se reconhece que o sujeito do Ensino Médio é constituído e constituinte da ordem social, ao mesmo tempo em que, como demonstram os comportamentos juvenis, preservam autonomia relativa quanto a essa ordem. Segundo Dayrell, a juventude é “parte de um processo mais amplo de constituição de sujeitos, mas que tem especificidades que marcam a vida de cada um. A juventude constitui um momento determinado, mas não se reduz a uma passagem; ela assume uma importância em si mesma. Todo esse processo é influenciado pelo meio social concreto no qual se desenvolve e pela qualidade das trocas que este proporciona”. (2003).
Além das vivências próprias da juventude, o jovem está inserido em processos que questionam e promovem sua preparação para assumir o papel de adulto, tanto no plano profissional quanto no social e no familiar. Pesquisas sugerem que, muito frequentemente, a juventude é entendida como uma condição de transitoriedade, uma fase de transição para a vida adulta (Dayrell, 2003). Com isso, nega-se a importância das ações de seu presente, produzindo-se um entendimento de que sua educação deva ser pensada com base nesse “vir a ser”. Reduzem-se, assim, as possibilidades de se fazer da escola um espaço de formação para a vida hoje vivida, o que pode acabar relegando-a a uma obrigação enfadonha. Muitos jovens, principalmente os oriundos de famílias pobres, vivenciam uma relação paradoxal com a escola. Ao mesmo tempo em que reconhecem seu papel fundamental no que se refere à empregabilidade, não conseguem atribuir-lhe um sentido imediato (Sposito, 2005). Destacam-se sua ansiedade em relação ao futuro, sua necessidade de se fazer ouvir e sua valorização da sociabilidade. Vivem ansiosos por uma escola que lhes proporcione chances mínimas de trabalho e que se relacione com suas experiências presentes. Além de uma etapa marcada pela transitoriedade, outra forma recorrente de representar a juventude é vê-la como um tempo de liberdade, de experimentação e irresponsabilidade (Dayrell, 2003). Essas duas maneiras de representar a juventude – como um “vir a ser” e como um tempo de liberdade – mostram-se distantes da realidade da maioria dos jovens brasileiros. Para esses, o trabalho não se situa no futuro, já fazendo parte de suas preocupações presentes. Uma pesquisa realizada com jovens de várias regiões brasileiras, moradores de zonas urbanas de cidades pequenas e capitais, bem como da zona rural, constatou que 60% dos entrevistados frequentavam escolas. Contudo, 75% deles já estavam inseridos ou buscando inserção no mundo do trabalho (Sposito, 2005). Ou seja, o mundo do trabalho parece estar mais presente na vida desses sujeitos do que a escola. Muitos jovens abandonam a escola ao conseguir emprego, alegando falta de tempo. Todavia, é possível que, se os jovens atribuíssem um sentido mais vivo e uma maior importância à sua escolarização, uma parcela maior continuasse frequentando as aulas, mesmo depois de empregados. O desencaixe entre a escola e os jovens não deve ser visto como decorrente, nem de uma suposta incompetência da instituição, nem de um suposto desinteresse dos estudantes. As análises se tornam produtivas à medida que enfoquem a relação entre os sujeitos e a escola no âmbito de um quadro mais amplo, considerando as transformações sociais em curso. Essas transformações estão produzindo sujeitos com estilos de vida, valores e práticas sociais que os tornam muito distintos das gerações anteriores (Dayrell, 2007). Entender tal processo de transformação é relevante para a compreensão das dificuldades hoje constatadas nas relações entre os jovens e a escola. Possivelmente, um dos aspectos indispensáveis a essas análises é a compreensão da constituição da juventude.
A formação dos indivíduos é hoje atravessada por um número crescente de elementos. É diante de um público juvenil extremamente diverso, que traz para dentro da escola as contradições de uma sociedade que avança na inclusão educacional sem transformar a estrutura social desigual – mantendo acesso precário à saúde, ao transporte, à cultura e lazer, e ao trabalho – que o novo Ensino Médio se depara. As desigualdades sociais passam a tensionar a instituição escolar e a produzir novos conflitos.
Diante do exposto, torna-se premente que as escolas, ao desenvolverem seus projetos político pedagógicos, se debrucem sobre questões que permitam ressignificar a instituição escolar diante de uma possível fragilização que essa instituição venha sofrendo, quando se trata do público alvo do Ensino Médio, considerando, ainda, a necessidade de acolhimento de um sujeito que possui, dentre outras, as características apontadas anteriormente.



CONCEPÇÕES DE ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE

(Texto extraído do Projeto Político Pedagógico do Colégio Zardo, p. 47 - 48)

A juventude no Brasil está dividida em duas fatias: a fatia em condição social de extrema carência (os excluídos) e a fatia em condição social favorável (os incluídos). O referencial normatizador da juventude é o consumo. Esse é o critério que determina se a pessoa vai se enquadrar no grupo dos excluídos ou dos incluídos. Embora o jovem seja considerado, pela publicidade, um alvo em potencial para o consumo, o Estado não consegue fazer com que essa posição de consumidor se concretize. Como consequência disso, vemos a marginalização e a criminalidade. E para os que não fazem mais parte da juventude, resta o olhar nostálgico sobre ela. É então que, através da lógica de mercado, busca-se recuperar a juventude num processo de identificação com os valores dos jovens.
Comumente, surge um conflito entre as diferentes gerações. Afinal, da mesma maneira que os velhos têm interesse em remeter os jovens a sua juventude, os jovens também têm interesse em remeter os velhos a sua velhice. Há períodos em que se intensifica a procura do "novo", pela qual os "recém-chegados" (que são também, quase sempre, os mais jovens biologicamente) empurram os "já chegados" para o passado, para o ultrapassado, para a morte social ("ele está acabado"). Estamos aqui, no auge da luta entre as gerações; pois, é nesse momento que as trajetórias de ambos se chocam: quando os jovens aspiram "cedo demais" à sucessão. Essa fronteira entre juventude e velhice é muito relativa, sendo construída socialmente na luta entre jovens e velhos; já que as relações entre idade social e idade biológica são complexas e o número de anos que uma pessoa já viveu tem um significado que lhe é próprio.
No campo de trabalho, é comum encontrar dois estados do sistema escolar em confronto no mercado de trabalho. Enquanto os velhos têm mais experiência, os jovens estão chegando com mais títulos. Essa tensão cria, frequentemente, uma situação desfavorável ao jovem que, mesmo bem qualificado, sente que não é bem vindo no seu local de trabalho ou até mesmo quando está buscando um emprego.
Outra questão sobre a inserção do jovem no mercado de trabalho é o status que isso lhe traz. “Ainda hoje uma das razões pelas quais os adolescentes das classes populares querem abandonar a escola e começar a trabalhar muito cedo, é o desejo de ascender o mais rapidamente possível ao estatuto de adulto e às capacidades econômicas que lhes são associadas: ter dinheiro é muito importante para se afirmar em relação aos colegas, em relação às meninas, para poder sair com os colegas e com as meninas, portanto para ser reconhecido e se reconhecer como um ‘homem’.” (Bourdieu, 1983). Isso só vem confirmar o que já foi dito anteriormente: o referencial normatizador dos jovens é, realmente, o consumo.

Referências
BOURDIEU, P. A "juventude" é apenas uma palavra! Questão de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983. p. 112-121.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional da Educação. Câmara Nacional de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 562p. p. 155-157.
DAYRELL, J. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação. set./out./nov./dez. 2003.
______; LEÃO, G.; REIS, J. Juventude, pobreza e ações sócioeducativas no Brasil. In SPOSITO, M. P. (coord.). Espaços públicos e tempos juvenis. São Paulo: Global, 2007. p. 47-82.
KUENZER, A. (org.). Ensino médio: Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico do Colégio Francisco Zardo.  Curitiba, 2012. p. 47-48.
SPOSITO, M. P. Algumas reflexões e muitas indagações sobre as relações entre juventude e escola no Brasil. In ABRAMO, H. e BRANCO, P. P. (orgs). Retratos da juventude brasileira. Análises de uma pesquisa nacional. São Paulo: Instituto da Cidadania/Editora Fundação Perseu Abramo, 2005. p. 129-148.

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QUESTÕES

1. Com base nos fragmentos acima apresentados das Diretrizes Nacionais e do PPP do Colégio Zardo, qual a sua percepção / representação dos nossos jovens alunos em relação à cultura, a socialização, a aprendizagem e o mundo do trabalho?

2. Discorra sobre uma experiência de aprendizagem positiva em sua disciplina que envolveu os jovens e levou-os à participação e ao interesse nas aulas.

3. Considerando a necessidade de oferecer condições de incentivo ao retorno e à permanência para os estudantes que a abandonaram, que aspectos relacionados a aprendizagem precisariam mudar na escola? 


83 comentários:

  1. QUESTÃO 1
    O fato é que os alunos não chegam para nós como tábulas rasas. Eles já trazem muito de sua cultura local e familiar, bem como a mentalidade imposta pelas publicidades e pelos meios de comunicação de um modo geral.
    Nesse bojo, percebemos que coisas boas e coisas não tão boas vem bater à porta da escola. Sendo otimista, creio que até mesmo as coisas não tão boas – pensando no uso interrupto do celular, por exemplo, que muitos jovens insistem em fazer mesmo durante as aulas – servem para nos questionar e para que pensemos como podemos trabalhar tais questões.
    Como seres humanos, somo todos seres sociais: criamos laços de afetividade, de afinidade, de amizade. Mas também como seres humanos sociais – que vivem em meio à diversidade étnica e de pensamentos, de crenças e posições políticas – necessitamos entender os momentos e lugares adequados para determinadas posturas, para uso de determinados objetos e a maneira de expor nosso posicionamento, a fim de que não sejamos preconceituosos e firamos os direitos do outro.
    Portanto, vejo que a escola também é importante no quesito da alteridade, a fim de que o aluno possa, em sua socialização, entender os valores da tolerância e do bom senso e evitando futuros problemas.
    Também acredito que muitos jovens são extremamente curiosos em relação ao saber, ou seja, têm necessidade de aprender, contudo, muitas vezes, nós mestres matamos esse desejo, sobretudo quando não valorizamos o pensamento crítico e os questionamentos que eles nos apresentam. Talvez, caímos no que é mais fácil e mais cômodo: “é assim, porque sempre o foi”. Outras vezes os próprios alunos não se interessam mais pelas nossas aulas porque estão tão habituados com os eletrônicos que o quadro e o giz pode lhes parecer desinteressante.
    Por isso, acredito na dosagem: podemos trabalhar com o lúdico, mas há momentos que os alunos terão de parar, largar os eletrônicos, silenciar e se concentrar, seja num texto, na confecção de um mapa ou em uma operação matemática.
    Vejo ainda que é importante não cairmos num tecnicismo, onde tudo se ensina para a prática do mercado de trabalho. Sim, eles terão de trabalhar, mas terão também de pensar: são cidadãos e creio que uma proposta reduzida apenas a prática para o mercado joga fora a criança junto com a água do banho.

    Prof. Eduardo Soczek

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  2. Como mostra o texto, também se percebe essa situação do nosso aluno de muitas vezes valorizar mais o mundo do trabalho do que o próprio estudo, pois através do trabalho ele tem um resultado imediato, que é ter uma independência financeira, mesmo que precária; com isso deixa de preocupar-se com o estudar para aprender e ter melhores condições futuramente. Nota-se que há uma grande parte de alunos que somente se preocupam em tirar nota para passar para a série seguinte, não se importando de o que ele deveria ter aprendido naquela série, vai fazer falta para a série seguinte, ou para sua vida futura, porque ele não percebe o quanto aquele conhecimento vai ser importante para a sua vida. Em consequência disso não é fácil conseguir fazer com que os alunos, pelo menos uma grande parte, tenham maior participação e interesse nas aulas, pois toda a preocupação do aluno em realizar algo, é se aquilo vai valer nota.
    Por outro lado temos alunos que se preocupam com o conhecimento, aprendizagem, e nesses alunos verifica-se que apresentam mais leituras, conseguem dialogar melhor, argumentar mais, tanto na oralidade quanto na escrita. E mesmo em menor parte, também trabalham e estudam.
    Em relação à permanência desses alunos que abandonam a escola por não conseguirem conciliar trabalho e estudo, seria necessário talvez orientá-los a se organizarem melhor em relação aos estudos e o trabalho.
    Prof.ª Rosalia

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    1. A preocupação de muitos em tirar somente nota, remete a questão do imediatismo dos nossos jovens, "realizei a tarefa, quero resultado imediato". Os alunos não tem a percepção que a construção do conhecimento e a sua formação é de longo prazo, pois requer maturidade cognitiva e tempo. Profª Marion

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    2. Concordo com você Rosalia, quando diz que o aluno está mais preocupado em tirar nota do que aprender. Outro dia eu passei um conteúdo no quadro e o aluno me perguntou: "professora, é pra entregar a cópia? vale nota?". Ao que respondi. Não- não vale nota...a não ser que você queira pesquisar na internet ou nos livros este conteúdo, pode deixar de copiar, eu apenas estou proporcionando e facilitando escrevendo-o aqui. Mas se você guardar tudo na cabeça, leia somente...não precisa copiar. Fazer o que né?

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    3. Prof Rosália foi bastante pontual em dizer que nossos alunos valorizam mais o mundo do trabalho do que o próprio estudo, que são imediatistas "preocupando-se" com as notas/resultados sem darem a devida atenção e necessária para chegar a esse objetivo. Em fim, concordo muito com a professora, foi muito feliz em sua colocação.
      Prof Rogério Larini

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    4. Quando quebrarmos os vínculos de atividades com nota teremos então sim evoluído, mas nosso formato atual de avaliação nos remete a isso e nossos alunos estão sim condicionados a fazer e quanto “vale”, e no final deste caminho seguido ai então se dão conta do quanto não aproveitaram, porém as vezes já é tarde. Ai começa as seções de fazerem cursinhos e buscarem em pouco tempo o todo que não aproveitaram ao longo dos anos junto a escola pública, que eu julgo de qualidade. Somos profissionais capacitados e o que nos falta é um pouco de reconhecimento.

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    5. Também concordo com a colega. Os alunos não tem intesse na obtenção de novos conhecimentos, como professora de inglês também enfrento essa problemática no cotidiano pois verifico que os alunos não compreendem a exigência do mundo globalizado em dominar uma segunda língua .

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    6. 1. A clientela de jovens que estudam no Zardo é muito diversificada, portanto temos jovens que têm interesse em aprender, outros nem tanto, e ainda existem aqueles que não têm interesse nenhum ou fingem não ter, por estarem despreparados para a série em que está. Mas, podemos notar que o interesse do aluno aumenta quando o conteúdo tem alguma coisa a ver com a função que ele exerce no trabalho ou com algum curso que ele faz em outro local.
      Ser imediatista é uma característica da sociedade atual, tudo tem prazo e na maioria das vezes curto, portanto os jovens procuram agir no ritmo da sociedade.

      2. Quando são pedidos trabalhos que envolvam práticas manuais, como montagem de algum tipo de circuito elétrico, maquetes e outros similares, podemos notar que ocorre um aumento no interesse e na participação dos alunos.
      3. Não tenho ideia, pois os motivos do abandono são muito diversificados.

      Elias

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    7. 1- No exercício cotidiano da minha disciplina observo a acomodação dos alunos que parecem preocupar-se mais com o mercado de trabalho do que com sua própria aprendizagem. Parte disso provavelmente justificada pela ausência dos pais na vida acadêmica de seus filhos.
      2- A partir da percepção do uso de celulares com fones de ouvidos para ouvir música, cantar e dançar, um modo de atrair a atenção dos alunos foi trabalhar texto (música) em sala de aula. Eu geralmente elaboro atividades com músicas pois a música cria um ambiente agradável e é algo que os alunos estão acostumados no seu dia a dia. É através do acompanhamento e da repetição das letras que eles vão aprendendo a pronúncia, mesmo que não compreendam todas as palavras da música.
      3- Não é nada fácil lidar com a decisão de um jovem que abandona a escola , pois a evasão escolar depende de um contexto multifatorial. Uma sugestão é que a escola deveria oferece mais cursos profissionalizantes para que os jovens tenham mais chances de conseguir um emprego e assim concluir seus estudos.

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    8. 1- No exercício cotidiano da minha disciplina observo a acomodação dos alunos que parecem preocupar-se mais com o mercado de trabalho do que com sua própria aprendizagem. Parte disso provavelmente justificada pela ausência dos pais na vida acadêmica de seus filhos.
      2- A partir da percepção do uso de celulares com fones de ouvidos para ouvir música, cantar e dançar, um modo de atrair a atenção dos alunos foi trabalhar texto (música) em sala de aula. Eu geralmente elaboro atividades com músicas pois a música cria um ambiente agradável e é algo que os alunos estão acostumados no seu dia a dia. É através do acompanhamento e da repetição das letras que eles vão aprendendo a pronúncia, mesmo que não compreendam todas as palavras da música.
      3- Não é nada fácil lidar com a decisão de um jovem que abandona a escola , pois a evasão escolar depende de um contexto multifatorial. Uma sugestão é que a escola deveria oferece mais cursos profissionalizantes para que os jovens tenham mais chances de conseguir um emprego e assim concluir seus estudos.

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  3. QUESTÃO 2
    Quando trabalho com interpretação de texto, procuro dosar entre textos mais clássicos e textos que reflitam mais sobre a realidade em que os alunos estão inseridos – a frequência aos shoppings, por exemplo.
    Na Literatura, estabelecer links é sempre uma boa pedida: Literatura e música, Literatura e cinema, Literatura e pintura, mas sempre tendo em vista que são formas e expressões distintas e que trabalho em função da Literatura, pois é a minha formação e um dos objetivos da disciplina de Língua Portuguesa.
    Recordo-me, certa vez, quando lemos o conto “Pai contra mãe” de Machado de Assis – onde há relatos de castigos infringidos aos escravos no Brasil. Antes de lermos juntos, com uma turma de 9º ano, observamos algumas pinturas de Jean-Baptiste Debret que mostravam negros junto ao tronco, com máscaras de ferro e trazendo argolas no pescoço.
    A leitura interpretativa com a turma foi bem mais proveitosa.
    Também a leitura e análise de “I-Juca Pirama”, poema clássico de Gonçalves Dias, com um segundo ano do Ensino Médio foi possível graças a um vínculo criado com a turma e à curiosidade que a turma desenvolveu em torno da antropofagia – estavam curiosos para entender os rituais indígenas.
    Portanto, penso que há diferentes maneira de despertar a curiosidade dos alunos.

    QUESTÃO 3
    A evasão escolar não é um problema apenas da escola e, tampouco, está presente apenas no Colégio Estadual Prof. Francisco Zardo.
    A evasão é um problema de ordem social, onde múltiplos fatores atuam e corroboram para que ela aconteça. A falta de estrutura financeira, por exemplo, pode ser um deles, sobretudo quando um aluno, pensando no que lhe é mais rentável de imediato, abandona os estudos porque necessita trabalhar. Outro problema, como já afirmam os textos, é a falta de caracterização que o Ensino Médio possui: o aluno sabe que precisa concluí-lo e que isso o ajudará mais (pensando apenas de maneira prática), mas não vê motivações imediatas para concluir. Ambos os problemas me parecem associados a outro de ordem maior: o imediatismo da sociedade moderna. No mundo “conectado” tudo é para ontem e as coisas precisam ser concluídas agora, mas sabemos que o ser humano não é sempre assim, afinal passa por múltiplos processos para maturação e descoberta pessoal.
    O que a escola pode fazer? Repensar suas práticas. Parar também para refletir e não apenas para atender demandas. Reformular, quem sabe, o Ensino Médio (falo de modo geral) visando não um ensino tecnicista, nem tampouco um ensino demasiado teórico, preparando bons cidadãos e fazendo-os entender como podem participar ativamente da vida pública. Visitas em lugares (Casas Legislativas, Museus, Bibliotecas, Laboratórios, Feiras...) para que possam ter contato com as diversas realidades talvez fosse um caminho a pensarmos.

    Prof. Eduardo Soczek

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  4. questão nº01

    Os alunos do ensino médio do Colégio Zardo não representam na sua maioria uma classe trabalhadora, pois a condição econômica das famílias é mediana. Mas o que é marcante em minhas observações é que o aluno que esta no mercado de trabalho ou ingressa na maioria das vezes o seu rendimento escolar cai principalmente devido às faltas e o cansaço que apresentam durante as aulas. Como a maioria trabalha em supermercados e restaurantes como garçons, acredito que de momento os mesmos não vem muita importância em aprender a maioria dos conteúdos inseridos nas disciplinas, a projeção deve sim ser para o futuro, pois a construção de conhecimentos necessários para cursar uma universidade ou mesmo para exercer uma profissão que exija uma formação diferenciada e por isso melhor remunerada requer tempo, estudo e dedicação. O imediatismo e o capitalismo cultuados socialmente refletem em nossa juventude um posicionamento alienado frente aos estudos e o dia a dia na escola, já que a formação escolar requer tempo, dedicação e paciência. Para que preciso parar e escutar um professor se tenho a informação imediata e simplificada via internet? Observo que a escola hoje em dia tem um caráter de socialização maior que o de produção de conhecimentos.
    questão nº 02
    A relação dos conteúdos com a realidade é importante para despertar o interesse do aluno. Com as turmas em que tenho a oportunidade de fazer visita técnica em que o aluno percebe a relação dos conteúdos ensinados com a realidade melhora a participação e o interesse dos alunos em sala.
    questão nº 03
    Funcionamento eficiente de laboratórios de informática e equipar o de Biologia/Ciências. Para isso a SEED deveria oferecer técnicos laboratoristas que auxiliassem no preparo das aulas, cuidando também da manutenção dos mesmos. Assim seria possível que conteúdos tralhados fossem melhor problematizados, relacionando-os desta forma com a realidade do aluno.
    Profª Marion Ribeiro

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    1. Concordo plenamente com você Marion, quando encontrarmos uma infra estrutura que possamos aplicar a teoria com a prática, teremos mais participação e interesse dos alunos.

      Prof. Célia R. Fylyk

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    2. Concordo Marion, lembro que um dia um aluno perguntou, professora para que preciso aprender isto, sou garçom e em uma festa, ganho mais do que a sra em um dia de aula, triste, que o conhecimento sempre fica em segundo plano.

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  5. Percebo que os alunos vivem em um contraponto, ate uma dualidade em relação ao mercado de trabalho muitos deles já se inserem no mercado, seja por meio dos negócios da família ou pelos estágios, ainda imaturos, ou seja, por mais que o aluno seja capaz de trabalhar e desenvolver alguma atividade remunerada este ainda tem dificuldades para fazer uma leitura das regras e normas institucionais e ate para fazer uma leitura do que seja um bom convívio social. Muitos obviamente estão carregados com sua cultura e por mais que tentemos na escola ampliar seus horizontes e tentar tocar e promover mudanças na sua forma de agir e pensar, estes não conseguem sair das suas condições de conforto. Muitos só repetem o discurso “normalmente” aceito e não fazem juízo daquilo que estão falando, exemplo disso recentemente fiz uma aula com os oitavos anos sobre gênero, em linhas gerais o material apresentado para o debate foi um texto no qual os dois irmãos (um menino e uma menina) trocavam de papeis e passaram o dia com os corpos trocados. Positivamente os alunos participaram do debate, sendo mais produtivo que uma aula expositiva, ainda noto que os alunos querem ter o direito de falar, questionar e serem ouvidos (alguns), nessas discussões surgiram discursos extremamente “machistas” que ainda permeiam as nossas aulas de educação física, principalmente as aulas práticas, ocorreram defesas da segregação meninos e meninas, ou seja, os alunos ainda não conseguem se colocar no papel um do outro, a socialização com os demais colegas está cheia de intencionalidades, não havendo assim a noção de respeito, parceria e quiça de afetividade ao próximo. da escola. O que se demonstra ser papel importantíssimo na implementação e melhoria do ambiente escolar ainda é a necessidade do diálogo permanente entre as práticas pedagógicas, ensino aprendizagem e formação integral dos educandos. É através do diálogo que construímos e redirecionamos o processo educativo, primeiramente por que saímos do nosso espaço e abrimos possibilidade para a mediação do trabalho, inseridos no nosso grupo de trabalho ou no espaço social que a escola pertence, por meio desse processo aprendemos a ouvir e não só falar com propriedade. A ampliação e a saída da especificidade de cada disciplina e o entendimento do tempo e espaço de cada conteúdo e objeto de estudo quer qual ele seja é uma busca que não pode entender as disciplinas fechadas, é preciso que não existam compartimentos fragmentados “veladamente” mantidos pelos profissionais que a mantém, é preciso entender que existe mais de português (fala e escrita) na realidade em que o indivíduo vive do que nas aulas de Língua Portuguesa, para o ato de falar por exemplo, estão presentes a ação
    motora de ouvir, de executar o traquejo da fala, a coordenação fina na escrita, enfim deve-se considerar o todo em cada momento seja ele dentro ou fora da escola. É necessária a inclusão de todos no processo educativo de forma democrática e participativa, com a busca constante do aperfeiçoamento dos profissionais, seja essa busca no meio acadêmico ou o posicionamento frente a troca existente entre professor-professor, professor-aluno onde também o aluno é um agente transformador da sua sociedade, bem como as relações entre comunidade escolar e gestão escolar.

    Proª Ariane Souza dos Santos – Educação Física

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    1. Questão 1
      Percebo que nosso jovens trazem consigo uma identidade própria e são resultado de sua formação familiar e do meio onde vivem, portanto temos que levar em conta e conhecer cada aluno e traçar os caminhos da aprendizagem. Hj mundo tem muitas outros atrativos e isto tem que ser usado como aliado em nossa forma de conquistar para ensinar. Não é fácil. Mídia dita questões culturais e que nem sempre família trabalha como questão de gênero, orientação sexual entre outros assuntos que temos que concomitantemente ser trabalhados com nossos conteúdos e também fato de pôr diversos motivos querem ou precisam trabalhar e nem sempre conseguem conciliar estudos e trabalho deixam em segundo plano estudo acreditando não ser tão importante.
      Questão 2
      Agora na gincana foi melhor prova, pois tiveram orientação e com autonomia foram atrás do estilo dança dos ensaios conforme interesse. Surgiram lideranças natas e mesmo alguns menos ativos fizeram sua parte. Vejo que alunos se bem orientados podem vir participar das aulas e interesse surgir mesmo tardiamente.
      Questão 3
      Primeiramente conhecer a história de cada aluno; ser próximo como educador mais do professor; que família esteja mais presente; que atuação da equipe pedagógica permaneça como agora; um trabalho unido de tds para permanência deste aluno trabalhador.

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  6. 1)Percepção em relação á cultura, a socialização, a aprendizagem e o mundo do trabalho.
    Percebo o jovem como um ser alienado, muito influenciado pela mídia. A publicidade instiga-os na busca cada vez mais por quinquilharias, gerando inquietações àqueles que não podem comprar, o que impede-os de estabelecerem uma identidade calcada mais no terdo que no ser. Nada do que é feito na escola lhe interessa. Mesmo porque o currículo escolar está muito longe das exigências do mercado de trabalho. Mercado de trabalho este, que mereceria um outro estudo, porque modificou-se muito de uns 20 anos para cá. A disputa de um lugar no mercado de trabalho exige deles que sejam criativos, competitivos e tenham flexibilidade necessária para lidar com as adversidades. Parece-me que nenhum está preparado para tal desafio. O jovem de hoje quer ser feliz, a qualquer custo. Felicidade esta que no entender dele, deve ser proporcionada pelos pais, os quais estão totalmente sem saber como dar limites aos filhos. Neste sentido, gera uma dependência do jovem em relação à seus pais. Muitos demoram para assumirem suas próprias vidas e moram eternamente com seus pais, estendendo assim a adolescência pra vida toda.
    2)Aprendizagem positiva: Aulas de fotografia onde eles tinham que sair da sala de aula, fazer a produção(atividade) daquele dia e enviar pelo watsap, onde coloquei no blog. Recebi fotos no sábado, no domingo, de madrugada. Isto mostra que eles se interessam por poucas coisas porque é impossível trabalhar sempre assim diante do currículo e dos muros da escola.
    3)O abandono e a evasão escolar é tão particular que não me sinto capacitada para sugerir algo, mesmo porque funcionaria com alguns e com outros não. Mas com certeza precisamos mudar o currículo e o formato das aulas, porque o jovem está cada vez mais interessado no mundo “fora” dos muros da escola, do que em ficar compartimentado em um número de 30 alunos dentro de uma sala de aula por 4 horas.

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    1. Tenho uma visão sobre os jovens muito parecida com a sua, e vendo o trabalho realizado com watsap, mesmo utilizando os recursos tecnológicos que dominam, ainda falta o compromisso com a aprendizagem. O interesse dos alunos estão cada vez mais distantes dos conhecimentos formais.

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    2. Concordo com você Marilise, o jovem está cada vez mais alienado pela mídia e pela cultura consumista. Não se identifica com a cultura brasileira e seu objetivo de vida é consumir, valoriza apenas o que é material e não encontra sentido em obter conhecimento. Professora Lislaine Guimarães

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    3. Concordo com a Marilise sobre a alienação dos jovens nos dias de hoje. Infelizmente parecem estar totalmente desinteressados em construir bases sólidas para o seu futuro, o que também é reflexo do imediatismo citado pelos colegas acima. Poucos trazem de casa o interesse pelos estudos e pela cultura, e até mesmo esportes. Percebemos claramente a diferença em sala de aula dos alunos que são incentivados pela família, pois esses na maioria destacam-se dos demais. Portanto, percebemos que a família tem papel fundamental no desempenho dos jovens e esta vem falhando na maioria das vezes. Como professora procuro tentar conversar e até aconselhá-los, tentando fazer com que ampliem a visão de mundo deles que anda tão limitada. Como professora de inglês, busco citar exemplos da diferença que o domínio de um idioma faz para a carreira e até mesmo a vida pessoal, tento mostrar a eles que uma bolsa de estudos no exterior, por exemplo, não é algo tão distante para aqueles que acreditam e trabalham para isso. Citando programas como o Ciencias Sem Fronteiras, Idiomas Sem Fronteiras, Jovens embaixadores, entre outros, mostro que é possivel sim ter uma experiência no exterior que enriquecerá o currículo e fará toda a diferença, e isso sem necessidade de recursos próprios. Me sinto muito feliz quando alguns alunos pedem informações extras, de como estudar em casa para melhorar o inglês, estratégias para treinar a pronúncia, o vocabulário e o "listening"... Porém infelizmente isso é uma minoria, mas acredito que devemos ser incansáveis no que diz respeito a tentar conscientizá-los, pois muitas vezes o que eles necessitam é de alguém que os oriente, direcione e até mesmo sirva de exemplo.

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  7. 1. Os alunos, em sua maioria, não sabem diferenciar informação de conhecimento. Argumentam que quando houver a necessidade basta realizar uma pesquisa na internet em busca de informação, sendo assim, não e necessário estudar. Esse comportamento imediatista faz com que não vejam sentido em vir para a escola e estudar, o que aumenta os índices de reprovação e até evasão. Não percebem que é através do conteúdo acadêmico que será possível realizar uma reflexão crítica, interpretar e transformar a realidade a sua volta. Nesse mundo digital somos bombardeados com diversas informações, muitas vezes contraditórias e falaciosas, somente com conhecimento acadêmico conseguimos nos posicionar de forma segura e crítica. Alguns alunos já trabalham, principalmente os do período noturno, estes alunos também não encontram sentido no estudo, seu principal objetivo torna-se concluir os estudos apenas para obter a certificação de ensino médio.


    2. Apresentação de trabalhos em grupo foi bem proveitosa, alguns alunos trouxeram imagens, cartazes e estudaram bastante para apresentar o trabalho de forma clara e expositiva. Evitando, assim, apenas a leitura da pesquisa.


    3. Questão difícil. Durante as aulas procuro explicar que o estudo é melhor forma de conseguir um bom emprego e por mais que alguns estejam cansados não devem desistir. Falo sobre a importância do conhecimento acadêmico e de que devemos estudar sempre para não sermos manipulados e alienados. Tornar as aulas mais dinâmicas com práticas e visitas técnicas pode ser uma sugestão para estimular a presença dos alunos. Durante a gincana cultural foi possível ver vários alunos do noturno que são faltosos comparecerem para não perder o evento.

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  8. Talvez eu seja um tanto exigente a isso, mas creio que nossos alunos poderiam ter uma aprendizagem maior se dessem valor à cultura e a consequente socialização, não se preocupando tanto com o mundo do trabalho, não que este não tenha importância, mas o momento de aluno na escola deveria ser exclusivo para a escola, para que assim se construa um futuro mais promissor. Porem, vejo que a atuação do professor no incentivo do aluno seja muito importante, visto a atividade que propus com um conteúdo introdutório de termoquímica em analisar os quadros de informação nutricional dos diversos alimentos, o ganho calórico e a perda de caloria através de atividades físicas, o trabalho de pesquisa sobre obesidade e anorexia, onde os alunos demonstram bastante interesse e participam efetivamente desse conteúdo observando o que ocorre em volta.
    Quanto à permanência/abandono não me vem à mente o que pode ser mudado na escola, creio que essa mudança tenha que ser do aluno, família e sociedade em que ele está incluído, a escola oferece condições e, nós, professores, sempre incentivamos para que o aluno estude, permaneça e finalize os estudos dentro da faixa etária adequada.
    Prof Rogério Larini

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    1. Também acredito que a mudança deva acontecer na sociedade. A escola deve ser valorizada por todos, para que assim, o aluno perceba a sua importância. Infelizmente, muitos pais e alunos, percebem a escola como uma obrigação e não uma instituição que proporciona o desenvolvimento intelectual, pessoal e profissional.
      Prof. Débora

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  9. Muitos jovens no ensino médio buscam uma nova perspectiva de vida com a inserção no mercado de trabalho, desejam ter autonomia em sua vida pessoal,e em sua vida social acompanhar a moda, ter posição, não ficar por baixo ter moral, ter a marca do produto desejado satisfazer o ego, o prazer, ser igual ou melhor, a escola faz parte muitas vezes acaba a se
    tornar um espaço apenas para socialização a preocupação com o ensino aprendizagem esta distante, muitos pensam em participar e realizar se valer nota, se obtiver média já o satisfaz, são poucos que tem por objetivo buscar um ensino superior, muitos nem sabem no final do ensino médio que área seguir, o mercado de trabalho por vezes é atrativo o resultado é imediato à realização do se busca, é mais fácil.
    Para alguns alunos do Zardo, no entanto é difícil conciliar trabalho e estudo, conforme distância do local e a forma de trabalho, o rendimento por vezes se torna precário, alguns nem se alimentam adequadamente e acabam desmotivados no decorrer do curso conforme resultado de seu rendimento escolar, alguns retornam e tentam novamente por incentivo da própria entidade de trabalho, as deveriam aceitar nossos jovens os motivando frequentar a escola.
    Normalmente as aulas praticas são de maior interesse, a participação atinge praticamente todos, o espaço diferenciado da sala de aula também é bem aceito. Acredito que os espaços adequados para desenvolvimento de atividades diferenciadas mudaria a visão e o interesse em relação restrita somente ao espaço das salas de aula. Profª Ana Lucia - Arte


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  10. o jovem precisa a todo momento incentivo positivo para ele permanecer na escola identificado e explicando a importância da escola no mundo capitalista

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  11. 1.O aluno valoriza o mercado do trabalho e não do estudo, mesmo que sejam em condições não tão favoráveis. Outra preocupação deles é com o tirar a nota (e muitas vezes só a nota mínima) do que assimilar os conteúdos
    2. As turmas que se faz uma interação do conteúdo teórico com o prático, através de visitas orientadas, melhoram o interesse e seu comportamento.
    3. Com uma infra estrutura melhor, onde todas as discipinas possam interagir com a praticidade.

    Prof. Célia R. Fylyk

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    1. Infelizmente é assim Célia, uma maioria sempre que tem que produzir, o discurso é o mesmo quanto vale? Só isso! E mesmo assim tem aqueles que escolhem o que fazer...
      Prof. Ana Lucia -Arte

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  12. A formação acadêmica de qualidade é um meio eficiente e eficaz para introduzir o nosso aluno para o mundo do trabalho.É importante que nós professores lembremos que aqui em nossa escola as possibilidades de formação acadêmica vão um pouco mais além, devido a oferta de 3 cursos técnicos subsequentes e CELEM.
    Incentivá-los e motivá-los para estas oportunidades oferecidas aqui em nossa escola deve fazer parte de nossas aulas. Este tipo de comportamento se faz necessário para que possamos abrir os Horizontes aos mesmos.
    Graças às aulas de qualidade e empenho devemos mostrar que nós os estamos formando não para terem sub- empregos e sim profissionais de eficazes.
    Prof. Marcia Peixoto

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  13. QUESTÕES:
    1. Os estudantes se deparam com vários desafios que emanam de sua notória trajetória para chegar ao ensino médio e nele permanecer, no que transforma a vida estudantil numa relação fraca e fragmentada com a escola e com o estudo.
    Acredito que, ainda predomina certo distanciamento do aluno em relação à importância dos estudos. E é perceptível a relevância que os alunos atribuem ao mundo do trabalho, o que exige de nós como educadores a reflexão sobre os cerceamentos por que passam, em função do lugar que ocupam na estrutura social e em relação às exigências do mundo atual.
    No entanto as escolhas dos alunos coincidem, na maioria das vezes, com um período de intensas crises e mudanças que coexistem na adolescência, diante da pressão exercida de uma sociedade globalizada que determina respostas rápidas nos ambientes e pessoas, além da complexidade do trabalho e do desconhecimento das profissões.
    Observo que os conflitos são mais nítidos nesta fase uma vez que há influências do grupo social, da mídia, da família, e do sistema de valores sócio-cultural.
    Vejo que, a singular orientação pedagógica tem auxiliado o nosso aluno a obter informações a respeito de si, da realidade que o cerca e do mundo, preparando-o não apenas para o mercado de trabalho, mas também priorizando sua condição humana para que não se esqueça de seus deveres e direitos enquanto cidadão democrático.
    2. A experiência positiva que ocorreu neste ano foi à apresentação de filósofos e pensadores iluministas. Onde os alunos deveriam caracterizar-se conforme o personagem escolhido e apresentar sua biografia, expondo suas ideias e pensamentos para os demais e apontando como esses pensadores influenciaram nossa sociedade atual.
    3. Acredito que a permanência do aluno na escola vai além do comprometimento da família, pois a evasão escolar é um problema de ordem social que emana de diversos fatores. No entanto, nós professores, buscamos sempre incentiva-los, mostrando a importância da permanência na escola.
    Para evitar a evasão escolar poderíamos ter menos alunos em sala de aula, para atendermos a todos em suas dificuldades, bem como estratégias para correção de distorção idade serie.
    Prof. Jane

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  14. 1. Com base nos fragmentos acima apresentados das Diretrizes Nacionais e do PPP do Colégio Zardo, qual a sua percepção / representação dos nossos jovens alunos em relação à cultura, a socialização, a aprendizagem e o mundo do trabalho?

    Os alunos hoje estão diante de um grande desafio pois o mundo está se tornando cada vez mais complexo e repleto de novos desafios. A tecnologia avança num ritmo crescente e ao mesmo tempo, a violência também. Com isso o jovem se pergunta qual a melhor atitude diante da escola e qual é a importância da aprendizagem. Parece que cada vez mais, ele não vê sentido na aprendizagem e parece que a escola é apenas um meio, chato talvez, para se alcançar outros patamares profissionais. O amor de aprender por aprender não tem mais importância e significado para o jovem hoje. O conhecimento passou a ser apenas uma ferramenta ou instrumento para se conseguir algo. O esforço é grande pois a necessidade de se colocar diante do mercado de trabalho é seu maior desafio. Vemos que hoje em dia, adquirir cultura passou a ser algo supérfluo. A cultura vem até as nossas mãos através dos tablets e celulares. Entretanto, a qualidade desta cultura é questionável. Ela segue a lógica da indústria cultural que visa apenas o lucro baseado no consumo da cultura de massa enlatada. A qualidade é o que menos importa.

    2. Discorra sobre uma experiência de aprendizagem positiva em sua disciplina que envolveu os jovens e levou-os à participação e ao interesse nas aulas.

    Posso citar uma atividade que fiz com os terceiros anos onde foram sorteados entre os alunos oito personagens do filme "A Origem". Um questionário acompanhou este trabalho que se propunha fazer uma observação do comportamento e enredo de apenas o personagem escolhido. Os alunos foram desafiados a questionarem a ideia principal do filme, baseados numa série de questões propostas. Os resultados foram observados numa maior participação dos alunos na aula e abriu um leque de discussões que envolveu a maioria da classe. Diante disso, filósofos como Descartes e Hanna Arendt, foram envolvidos no processo de aprendizagem do conteúdo de filosofia do bimestre.

    3. Considerando a necessidade de oferecer condições de incentivo ao retorno e à permanência para os estudantes que a abandonaram, que aspectos relacionados a aprendizagem precisariam mudar na escola?

    O retorno do aluno está condicionado a uma maior escuta de seus problemas e levantamento se sua ausência foi por questões médicas ou de trabalho. É importante que os laudos também sejam avaliados e a família deverá ser envolvida no processo. A relação pedagógica bem como a relação professor aluno deve ser bem estudada pois por falta de empatia e por um possível desrespeito do professor pela limitação, dificuldade de aprendizagem ou outro fator do aluno, pode estar afetando a permanência dele na escola. O aluno deve ser lembrado com insistência, que sua participação nas aulas, presença e cumprimento dos seus deveres é um elemento essencial para o seu sucesso escolar.

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    1. Acrescentando, o texto acima é de autoria do Profº Marcos.

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  15. 1. O que percebo, é um abismo entre os jovens e as instituições escolares. Apesar de quase 100% das crianças serem matriculadas nas escolas, nem metade delas consegue se formar no ensino médio. O número alto de evasão escolar no Brasil é a expressão da não identificação dos jovens com o processo de ensino-aprendizagem existente atualmente. A juventude não vê sentido nos conteúdos que são ensinados, o que acaba resultando na desistência da grande parte da mesma. Além disso, muitos dos jovens brasileiros têm que trabalhar e auxiliar no sustento da casa e da família, a dupla jornada acaba sento um fator da desistência. Além disso, os jovens da rede pública não enxergam a escola como uma forma de ascensão social, de aprimoramento e inserção no mundo do trabalho. A escola, hoje, não se constitui em uma instituição na qual os alunos tem acesso a aprendizados que serão utilizados de forma prática em suas vidas. Tendo como objetivo oferecer conteúdos para que o aluno passe no vestibular, muitos jovens são desestimulados a continuar na escola, e preferem adentrar no mercado de trabalho antes do tempo.
    2. Como professora de Sociologia percebo que os alunos demonstram maior interesse quando os assuntos trabalhados em sala de aula são relacionados às suas próprias experiências e realidades específicas. Assuntos como desigualdade de gênero, violência simbólica, desigualdades raciais e sociais despertam a atenção dos mesmos, pois muitos conseguem enxergar em seu próprio cotidiano aquilo que é debatido e discutido em sala de aula. Trazer para os alunos vídeos, música, textos para serem trabalhados em sala também tem sido bem sucedido nas aulas de Sociologia. O aluno precisa ver sentido prático naquilo que é trabalhado em sala, para que se envolva, é preciso que perceba a necessidade de se trabalhar determinados conteúdos.
    3. Como foi colocado na resposta anterior, é extremamente urgente e necessário que os conteúdos trabalhados na escola não sejam apenas aqueles cobrados em vestibular. É preciso que haja uma mudança cultural, no sentido de que os jovens possam ter motivos para ir à escola e assistir às aulas. Perceber na escola, uma fonte importante de conhecimentos que serão utilizados durante sua vida, e uma forma possível de ascensão social, de aprimoramento de saberes e habilidades pessoais para inserção em melhores condições no mercado de trabalho.

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  16. Questão 1
    Os jovens de hoje utilizam a escola como um grande espaço de socialização, muita mais do que aprendizagem. Infelizmente com o enfraquecimento das relações familiares e a pobreza da cultura popular estabelecida pela mídia, a escola sozinha não consegue ampliar o conhecimento do aluno no mesmo ritmo dos avanços tecnológicos e a cultura do ter ganhou muita força em relação a cultura do ser. A consequência disto é o constante conflito entre as regras da escola e as regras do trabalho, alunos que não podem usar o uniforme do colégio no trabalho mas não usam uniforme porque estão com a roupa do trabalho, alunos que tem os recursos tecnológicos do momento e aqueles que querem adquirir. Nesta briga de conflitos, a aprendizagem torna-se secundária e cada vez mais superficial, uma vez que nosso sistema assistencialista assim o quer.
    Questão 2
    Através da investigação da prática social inicial podemos identificar problemas ou falhas no processo ensino aprendizagem e corrigi-lo. A diversificação das aulas mediante o entendimento sobre a cultura corporal, aos poucos conquista aos alunos mais resistentes.
    Questão 3
    Acredito que melhorias na quadra esportiva, laboratórios de informática, organização pedagógica para os alunos em aulas vagas são itens de urgência para melhorar a qualidade no trabalho dos professores e conscientização do alunos para desenvolver seus direitos e deveres dentro do colégio.
    Professor Cassio

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  17. 1. Com base nos fragmentos acima apresentados das Diretrizes Nacionais e do PPP do Colégio Zardo, qual a sua percepção / representação dos nossos jovens alunos em relação à cultura, a socialização, a aprendizagem e o mundo do trabalho?
    A grande maioria dos jovens de hoje não valorizam nossa cultura, assimilam com maior facilidade a cultura estrangeira que a brasileira, desde danças, musicas, filmes, personagens etc; Há um grande desconhecimento dos personagens do folclore brasileiro, mas conhecem bem o halloween.
    A aprendizagem com o objetivo de adquirir o conhecimento praticamente não interessa a eles, seu real objetivo e realizar atividades e avaliações que vale nota pensando somente em atingir a média necessária no boletim para sua aprovação. É o decoreba momentâneo, onde utiliza somente para responder a prova sem ter realmente o conhecimento do conteúdo.
    Em relação ao mercado de trabalho é mais valorizado pelos alunos, pois a gratificação é imediata, satisfazendo seu ego com roupas de marcas e eletrônicos, e começam a ter uma falsa autonomia de vida, deixando a escola em segundo plano, ou até mesmo abandonando, pois pensão nos prazeres do presente e abandonam uma melhor qualificação para o futuro.

    2. Discorra sobre uma experiência de aprendizagem positiva em sua disciplina que envolveu os jovens e levou-os à participação e ao interesse nas aulas.
    Foi as aulas que uni o teórico ao pratico com aulas de campo, dando significado ao que estavam aprendendo em sala de aula.

    3. Considerando a necessidade de oferecer condições de incentivo ao retorno e à permanência para os estudantes que a abandonaram, que aspectos relacionados a aprendizagem precisariam mudar na escola?
    Pelo que li o grande problema da evasão escolar é a pobreza, onde os alunos abandonam a escola para entrar no mercado de trabalho e ajudar a família com uma renda extra, não só no Brasil, mais em vários países do mundo. Para outros a escola é uma chatice, e não veem relação do conhecimento acadêmico com sua vida ou profissão. Para permanência desses alunos deveria se criar cursos técnicos específicos para garantir e possibilitar aos jovens uma maior perspectiva de renda se permanecer na escola do que abandona-la.

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  18. A escola perdeu muito de sua função quando começou a abranger funções que não é dela, infelizmente hoje acho que nos perdemos em nossa função, algo que já é comentado em mídias, inclusive, O aluno da mais valor ao trabalho porque para ele é muito difícil de ver, o mais adiante, ele tem uma visão muito restrita de tempo.
    Não acho que novamente a escola deve mudar, afinal isso vem ocorrendo sempre, para se tornar mais atrativa, para se adequar ao tempo, para dar chance de uma maior integração, acho sim que o que deve mudar é o valor que a educação tem por todos.

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  19. Concordo plenamente com a professora Carol, existe de fato um abismo entre escola e juventude hoje, muitos alunos não conseguem entender o porquê de determinados conteúdos, o motivo pelo qual devem frequentar a escola, para que aprender a pensar e evoluir. De fato, muitos acabam se desmotivando e evadem, priorizando só o trabalho, ou deixando a escola em último plano. Neste último caso, os alunos se fazem presentes, (muitos porque a familia obriga, porque precisam do certificado de nível médio ou fundamental para arrumar um trabalho), mas não buscam o conhecimento pelo conhecimento, não se interesam, não são curiosos, buscam simplesmente notas,como comentado pela professora Marilise, ou seja, quando não vale nota, são poucos que fazem suas atividades e se interessam pelo tema abordado... Penso que nós professores tentamos da melhor forma alcançá-los, mas competir que o mundo atrativo de fora da escola, com as tecnologias, não tem sido uma tarefa fácil. Podemos sim utilizar estas tecnologias como aliadas do nosso trabalho (comentário Prof Jurema), porém frequentemente esbarramos na falta de infraestrutura, no acesso a todos e na utilização correta destas ferramentas como fontes de informação e de conhecimento.
    Deixar a escola mais atrativa para os alunos, menos chata, segundo palavras deles, depende de uma série de fatores e esferas, que vai desde o estímulo de casa aos estudos, dos professores em buscar maneiras de deixar suas aulas mais interessantes, revendo e repensando suas práticas, da escola, da melhora do Sistema como um todo, e sem dúvida do próprio aluno.
    Professora Isabel

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  20. As experiências positivas ocorrem quando consigo efetivamente relacionar o conteúdo visto com o que somos e como vivemos, com as novas informações e descobertas da ciência ou quando existe o debate despertado pela curiosidade dos alunos. Aulas diferenciadas como seminários, ou algumas atividades práticas como montagem de células, da fita de DNA,ou a confecção de um insetário, deixaram os alunos bastante interessados e foram atividades bastante positivas.
    Professora Isabel

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    1. Percebemos sim que aulas práticas são mais atrativas...como resolver isso? Se para fazer uma simples aula usando materiais alternativos que não papel e lápis, eu preciso "movimentar o pentágono"!!!! Para mudar de uma turma para outra, onde na primeira eu estava com tintas e água, e na outra vou usar o teclado por exemplo...tenho que ter um trabalho tremendo...trabalho braçal mesmo...mudar a natureza dos materiais de uma turma para outra é muito difícil nesta infraestrutura...sem falar em mudar o "chip" da cabeça.....eu imagino um professor de ciências, física ou química que deva usar o laboratório...como ele deveria proceder quando a diversidade de conteúdo e de materiais que deveria arrumar no laboratório de uma aula para outra....por isso estamos longe de tornar a escola mais atrativa com aulas práticas....fazemos o que podemos!!!!

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  21. 1. Com relação à cultura, percebo que nossos jovens não têm acesso e muito menos interesse. Infelizmente, presenciamos uma geração que valoriza apenas bens materiais, valoriza apenas o ter, o saber é ridicularizado por eles. Jovens que se interessam por cultura são tachados como nerds e são excluídos. Com relação à socialização, percebo que se formam pequenos grupos que se identificam por algum gosto em comum, mas em geral, os jovens se socializam bem. Já a aprendizagem está deixando muito a desejar, pois embora nos dias atuais os profissionais da educação estejam muito mais qualificados e a metodologia e os materiais didáticos muito mais atrativos que há anos atrás, os jovens estão aprendendo muito menos. Isto ocorre devido à falta de interesse, talvez causada pela falta de conexão dos conteúdos com o mercado de trabalho, esta falta de conexão faz com que acreditem que os conteúdos curriculares não tenham importância e que, portanto, não precisam ser assimilados.
    2. É evidente que o jovem precisa visualizar no professor um modelo que servirá de inspiração. A maioria dos meus alunos admira a minha postura enquanto profissional e mesmo, às vezes, não gostando do conteúdo matemático, prestam a devida atenção e se esforçam em compreendê-lo. Conquistar o respeito e a admiração dos alunos é fundamental para que se tenha uma prática pedagógica positiva.
    3. Não acredito que as mudanças devam acontecer no ambiente escolar e, sim, na sociedade. A escola é uma instituição desacreditada pela sociedade, o que reforça a atitude dos jovens em desvalorizar os conteúdos curriculares e a importância da escola na sua formação enquanto cidadão.
    Prof. Débora

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    1. ... "o saber é ridicularizado...", perfeito, é o que parece, não na sua totalidade, mas em grande parte. Cultura e socialização complementam o saber e todos se fazem necessários para a evolução social que queremos. A falta de interesse sempre aparecendo em nossas discussões, e de onde deve partir esse interesse se não dos próprios alunos com um comprometimento e visão mais abrangente de mundo (?!). Os alunos devem perceber que o mundo do trabalho não tem valor sem a leitura que se deve ter através de conhecimentos específicos.
      Prof Rogério Larini

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  22. Fazer com que os alunos aprendam a colocar em prática as melhores atitudes e habilidades para controlar emoções, alcançar objetivos, demonstrar empatia, manter relações sociais positivas e tomar decisões de maneira responsável, entre outros. Uma abordagem como essa pode ajudar, por exemplo, na elaboração de práticas pedagógicas mais justas e eficazes, além de explicar por que crianças de um mesmo meio social vão trilhar um caminho mais positivo na vida, enquanto outras, não.
    O acompanhamento da freqüência é necessário para que a escola possa atender com qualidade e equidade, planejar e organizar a formação e a atribuição das classes e organize as salas e para que o gestor tenha elementos para analisar adequadamente o movimento na instituição e o andamento do processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Os pais precisam estimular o filho a sonhar, fazer planos e construir um projeto de vida. Isto ajuda o jovem a perceber que o esforço atual será recompensado lá na frente, mesmo diante de uma escola na qual ele não se reconhece
    Prof: Tatiana

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  23. Concordo com as observações dos colegas e também noto um desinteresse crescente por parte dos alunos com relação a aprendizagem. A maioria realmente dá mais valor ao trabalho que aos estudos pois vem de realidades onde o trabalho se faz necessário durante o período de estudo.
    Ainda ouço de meus alunos perguntas do tipo: por que preciso aprender filosofia ou qualquer outra disciplina se não vou usar no meu trabalho? Não sabem ligar os conteúdos e só pensam no imediato. O que traz como consequência que tenhamos que nos desdobrar para tentar atrair sua atenção e tentar passar nossos conteúdos. Maria Domingos

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  24. Questão 1 - A cultura dos alunos obviamente se estabelece pelos conhecimentos e costumes (entre outros aspectos) que os mesmos nos apresentam, soem eles de forma positiva ou negativa junto a nós. Difícil fazer juízo de valores face o gosto e opinião de cada um.
    No que diz respeito a socialização, vejo inicialmente que prevalece a formação de “panelinhas”, em muito pela reunião de afinidades e que proporcionalmente também se tem os “rivais” entre os quais, na cabeça de muitos, é impossível haver conciliação ou até mesmo uma convivência harmoniosa.
    A aprendizagem fica comprometida, na minha opinião, em grande parte pelo contentamento (ou até mesmo a busca) da “rasa” satisfação, em outras palavras, estou na média? Passei? Tá bom...
    Sobre o mundo do trabalho, observando os alunos que nele convivem, não concordo com a “canseira” ou “desgaste” que, da maneira que eles nos apresentam, parecem mortais. Convenhamos que as condições de hoje, se comparadas sobre vários aspectos ao passado, são muito melhores... Falta na verdade um pouco mais de perseverança, de querer, de dar importância ao que é importante.


    Questão 2 - No caso da minha disciplina, por lei, os alunos que trabalham estão dispensados das atividades práticas. Por isto a escolha proposital de minha parte em oferecer uma grande atividade mais aberta associada a outras de caráter intelectivo, ou seja, buscar oferecer espaço e oportunidade para todos.


    Questão 3 - No caso da minha disciplina uma sala de aula (quadra de esportes) que ofereça melhores condições sobre tudo contra as intempéries do tempo.

    Professor Vladimir

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  25. 1. Vejo-os muito ansiosos, manipulados pela mídia, pouca dedicação, empenho e comprometimento com estudos; pouco investimento das família em livros e hábitos de leitura. Esses aspectos acabam interferindo na questão da socialização, aprendizagem. Com relação ao mundo do trabalho eles não têm muita escolha, seja pelas necessidades da família na qual estão inseridos, ou pela pressão do próprio sistema de consumo. Isso os leva a relativizar o espaço escolar, sem dar muita importância ao que estão fazendo; alguns apenas cumprem um contrato social para concluir o ensino médio.
    2. Com a turma do 3º G do noturno, tendo como tema a questão da existência e da importância do ESTADO na vida do cidadão, depois de ter encaminhado uma seqüência didática, incluindo a construção de conceitos sobre o tema, promovi um debate, onde os alunos tivessem que se posicionar contra ao a favor da presença do Estado. Os resultados foram bem positivos, sobretudo quanto ao envolvimento e à participação dos alunos.
    3. Aulas boas, interessantes, com dinâmicas, possibilitando a participação dos alunos, dentro da realidade e das possibilidades de cada turma.
    Prof. Euclides

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  26. 1- Nossos jovens tem um alto potencial para ser explorado, cheios de energia,vigor e curiosidade.Mas Infelizmente a nossa estrutura social é precária.Temos uma herança colonial que vem se perpetuando na nossa Sociedade, onde Estudar não é valorizado ou o é superficialmente. Os MCS nas mãos de grupos capitalistas e da extrema direita, implantaram uma programação que com o passar dos últimos 50 anos, ajudou a concretizar a alienação e o individualismo social.Mas a esperança! Somente uma educação libertadora e crítica pode alterar esse quadro. Pois há muitos jovens querendo romper esse quadro de alienação.
    2-Minha experiência vem dos 3º anos. Trabalhei com eles Guerra Fria, e foi trabalhado um texto,sobre mitos da Guerra Fria.Cujo objetivo era desmitificar a propaganda americana que manipulou a opinião pública sobre o período da Guerra Fria e fazer eles analisarem o contexto atual.Não é fácil, pois a maioria não tem informações e leitura, mas foi um trabalho bem interessante.
    3- Nesse aspecto, a escola já oferece uma boa abordagem de aprendizagem, a questão é a falta de compromisso e seriedade por parte dos alunos.Prefiro expor uma proposta.No inicio do ano letivo, durante uma ou duas semanas, seja abordado com os alunos, normas de comportamento, como se portar na sala e com os professores e sobretudo, todos os professores trabalharem um pouco com o básico inicial.Ex : história só conceituação;(matemática) só conteúdos da matemática básica; português como ler, fazer uma redação um texto, etc. sei que é difícil , mas acho que falta isso, vejo que não sabem fazer um trabalho, uma resenha, etc.

    Prof º Italo (história)

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  27. QUESTÃO 01 – JUVENTUDES . O que se percebe nos jovens no dia a dia, eles tem muita ansiedade, influenciados muitas vezes pela mídia escravista , pouca dedicação e comprometimento com os estudos , e empenho de poucos; nos quais as famílias investem um pouco. Isto acaba contribuindo e interferindo na questão da socialização e aprendizagem. Contudo a socieadade e a família cobram resultados laborais, não incentivando questão de formação científica, o que acaba em apenas concluir o ensino médio e , buscar um meio de sobreviver e ajudar financeiramente a família.
    QUESTÃO 02 - RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS Como exemplo prático, realizei algumas atividades diferentes com os alunos do curso técnico, 2º info, em que envolvi responsabilidades a eles e, a realizar pesquisas de assuntos novos na área, elaborar conteúdos, debater e apresentar para os colegas.

    QUESTÃO 03 – AVALIAÇÃO DA GINCANA A atividade cultural proporcionou uma maior aproximação, fazendo se envolverem nas atividades, cumprir responsabilidades, superar desafios, mas sempre dentro da realidade de participação de cada um. Percebe-se no entanto, que em todo responsável pelas turmas motivam os alunos, sobrecarregando um professor com um conjunto de atividades e responsabilidades perante o resultado esperado ao final da gincana. Contudo, trouxe uma maior aproximação dos alunos.
    Prof. Jorge

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  28. 1- Uma parcela dos jovens que recebemos hoje, principalmente, do ensino médio apresentam pouca maturidade e deficiência de conhecimento. Esse fato vai gerar um descompasso entre aqueles alunos que possuem um grau de conhecimento e interesse maior. O jovem hoje precisa ter um objetivo na escola, ou seja, para que fim está se preparando: ENEM, VESTIBULAR, TRABALHO.
    Em minha opinião o trabalho não prejudica nos estudos. Tenho observado muitos alunos que trabalham e tem um desempenho bem acima, daqueles que não trabalham. Os aspectos que mais interferem na aprendizagem são: falta de empenho, dedicação, comprometimento.

    2- Uma experiência positiva ocorreu quando organizei uma pesquisa, sobre impactos ambientais nos biomas brasileiros. Os alunos se organizaram em equipes para descrever como os desmatamentos e as queimadas, destroem a biodiversidade, rebaixa o lençol freático prejudicando as comunidades próximas. Os resultados de cada equipe foram expostos e debatidos.
    3- Conhecer o histórico do aluno. Qual o motivo do abandono. A partir daí acompanhar de perto seu desempenho. Incentivar a participação, o acompanhamento da família. Oferecer a esses alunos aulas dinâmicas, que permitam sua integração com a turma. Professor: Budel

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  29. 1-Os jovens trazem consigo uma bagagem cultural familiar e muitas vezes a socialização fica presente apenas na escola, o aluno deslumbrado e imaturo valoriza apenas esta questão e não cumpre o dever de estudante. A aprendizagem que deveria ser o seu principal objetivo ainda tem a concorrência da mídia e tecnologia.
    Quando ele se da conta que o tempo passou e não aproveitou às oportunidades oferecidas ele começa a valorizar mais o mercador de trabalho onde irá ingressar e mais uma vez deixa de lado o conhecimento que lhe é ofertado.
    2-Percebo que muitos alunos se interessam por geografia quando é trabalhado com mapas, desperta a curiosidade de saber a distância de determinado país, de saber nomes de países que jamais ouviram falar e onde estão localizados, alguns vão além querendo descobri a capital, suas fronteiras e como a população vive.
    3-Percebo que há mais interesse nos alunos quando o conteúdo reflete a realidade e a convivência em que está inserido.
    Porém o jovem não está estimulado em aprender, a participação da família no âmbito escolar e a plena consciência dos deveres e obrigações dos estudantes também são fatos que deveriam ser associados para uma mudança significativa e positiva.
    Prof. Micheli

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    1. Micheli acho que a família tem um papel importante no despertar o interesse pela educação. e o que se observa é uma família distante da escola.

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  30. 1) Percebo que a maioria dos alunos do Colégio Zardo contém interesse em novos conteúdos e novos assuntos. Porém, nem sempre é possível aplicar estas novidades, e acaba havendo dispersões, brincadeiras e outros tipos de redutores de atenção.
    2) Certa vez, houve a apresentação de um seminário sobre Gestão de Resíduos. Era necessário que houvesse a criação de uma empresa e a gestão dos resíduos gerados. Todas as equipes fizeram pesquisas aprofundadas e com ótimas soluções para a gestão dos resíduos. Os alunos ficaram interessados neste trabalho, pois havia a liberdade de criação e a aplicação de suas idéias.
    3) Melhoria da interação entre disciplinas e a disponibilidade de horários alternativos.
    Prof. Cynthia.

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    1. Poderíamos realmente aproveitar melhor nossas horas atividades para interagirmos melhor entre as disciplinas. Penso que assim que os alunos percebam que existe uma sintonia no discurso dos professores, muitos probleminhas de ordem disciplinar sejam amenizados.
      Nice - História

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    2. E olha que não é de hoje que falamos isso, tempo para interagirmos, com escolha de atividades afins, método de trabalho e cobrança comportamental, para que tudo fique muito mais acertado. Mas vale deixar aqui que isso tudo se começa com conversas descontraídas e a troca de ideias irão surgindo espontaneamente.
      Prof Rogério Larini

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  31. 1. Minha percepção da juventude, baseada obviamente nos referenciais que encontro em meio ao nosso cotidiano escolar, realmente é o de pessoas demasiadamente individualistas, consumistas e imediatistas. Isso em alguns momentos, chega a ser um problema para muitos desses jovens, uma vez que não compreendem a educação como processo, não tem paciência para fazer com esmero as atividades e, seu imediatismo não possibilita terem uma visão de longo alcance dos objetivos a serem atingidos.
    Culturalmente, os percebo absortos na indústria cultural. Têm muita informação mas não sabem muito bem o que fazer com ela. Tudo é muito virtual e fragmentado. Não buscam, por exemplo, ler o livro; procuram logo o resumo da história e, em minha opinião isso é algo preocupante.
    As tribos estão bem definidas em todas as turmas, ao menos no período noturno. Cada um procura seus pares e afinidades e a turma se divide em vários sub grupos que interagem. Ainda dentro dessa realidade que percebo no período noturno, me entristece a pouca perspectiva quanto a continuidade do estudo e a conformidade em relação ao mundo do trabalho. Poucos pretendem cursar uma universidade e a maioria está acomodada no atual emprego, sem demonstrar muitas ambições. Pela pouca idade que tem, em minha opinião, deveriam ter mais perspectivas.

    2. Utilização de relatos – História Oral, com depoimentos de pessoas que vivenciaram as situações abordadas no conteúdo das aulas. Trazer a História para perto, torná-la menos abstrata e mais real.

    3. O direcionamento para o que o estudante se interesse. Alguns conteúdos poderiam ser mencionados de forma breve, e os que despertam maior interesse do aluno, aprofundados. Considerar as tecnologias como parte desse mundo jovem e do próprio ensino ao invés de proibir seu uso.

    Nice - História

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    1. 1. Nossos alunos dos sétimos anos, inseridos em um colégio diferenciado pelo nível social, ainda não estão preocupados com sua inserção no mercado de trabalho.A preocupação dos mesmos está diretamente ligada à socialização, ou seja, fazer parte de diferentes grupos, nos quais pretendem ingressar.
      Muitos realmente se preocupam ou têm como objetivo a aprendizagem para alcançar um desempenho mais elevado e dar continuidade aos estudos, visando a formação profissional futura.

      2. Uma experiência bem interessante e que despertou interesse dos alunos foi quando trabalhamos textos de conversas em salas de bate-papo da internet. Esclarecemos vários pontos de socialização entre as pessoas que participavam da comunicação, cada um com um interesse particular.

      3. Os professores devem desenvolver projetos que atraiam os alunos para a escola, diversificando as metodologias e ampliando os conhecimentos necessários para que venham a exercer a cidadania.É importante a retomada das reuniões de professores por área, facilitando o desenvolvimento de projetos que incentivem e que transformem o fazer pedagógico prazeroso, não só para o professor, mas principalmente para os alunos.
      Professora Ana Maria.

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    2. Penso exatamente assim Nice. O nosso aluno não consegue perceber a importância da escola justamente por esperar resultados imediatos.

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  32. No mundo de hoje os jovens, principalmente os brasileiros, com tanta mudança no sistema de estudos, no caso os profissionalizantes, o país está sendo prejudicado por falta de mão-de-obra especializada, onde teve até presidente eletizando o ensino para cursos superiores, onde a qualidade final do profissional formado, este não tem condições de assumir no mercado de trabalho coisa alguma, porém país sério tem a preocupação principalmente formar técnicos.

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  33. texto acima é do professor Ricardo Sinésio.

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  34. Nossos alunos são reflexo de uma sociedade consumista e imediatista, buscam o que está sendo exaltado pela mídia e os valores morais estão cada vez mais em desuso, como o respeito ao próximo por exemplo e com tais conceitos fica cada vez mais difícil o ensino em sala de aula, trabalhar valores que deveriam vir de berço passa a ser também o desafio do professor, ao ministrar disciplinas técnicas muitas vezes se faz necessário demonstrar como utilizar esse conhecimento na prática, o que motiva o aluno a aprender.

    Ao entrar para o mercado de trabalho muitos optam por largar os estudos, o que acaba gerando uma grande evasão, questionando os mesmos sobre o por que dessa opção acabam alegando problemas de relacionamento com os professores, inadequação dos currículos e metodologias no processo de ensino e aprendizagem e a desigualdade e inadequação da educação ao mercado de trabalho, fazer a junção entre escola e trabalho seria a fórmula perfeita para formação de um cidadão mais crítico e por consequência de uma sociedade melhor.

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  35. Posso perceber que a maioria, não tem muito conhecimento do seu papel na formação cultural e social no seu cotidiano junto a sociedade em que vivem,a idade influência, pois não tem muita maturidade e não recebem apoio da família para melhor desenvolvimento como cidadão. não há informação para o jovem a respeito do mundo do trabalho e a ideia de um crescimento futuro, e como o estudo é importante nessa etapa.
    O chamado conflito de gerações e uma falta de visão dos jovens em saber que os mais maduros em idade tem muito a acrescentar na sua formação, e que o jovem não precisa quebra a cara primeiro par aprender, mas se ouvir pode aprender muito mais com qualidade.
    Percebo que quando os alunos conseguem compreender melhor o meio ao seu redor e as aplicações dos conhecimentos adquiridos, a um aumento do interesse pelas aulas, isso no decorre do estudo.
    Talvez se procurar aplicar os conteúdos que possam relacionar melhor o estudo do aluno com o seu cotidiano, e aplicações moas comum a ele, alguns possam sentir mais atraídos pelo estudo, e mostrando a necessidade de hábitos de estudos, pois poucos tem essa prática.
    Antonio C física

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  36. Everson Adelmo Pasquali9 de outubro de 2015 às 08:42

    1. Concordo com a citação de Dayrell (2003), a juventude é “parte de um processo”, e este processo depende do atores que compreendem o seu dia a dia, levando-os para um caminho de soma ou mesmo de infortúnios, mas sim é um processo não conclusivo, somado a cada ação.


    2. Sempre quando desenvolvemos alguma atividade diferente (fora de sala) você acaba trazendo o seu público para mais próximo, e é com este conceito que realizo as constantes saídas a campo na visitas técnicas. Nestes momento, consigo me aproximar dos alunos indiferentes ou mesmo regrar os alunos que não conseguem ter um convívio escolar homogêneo. As visitas a campo além de tirarem os alunos dos centros urbanos, fazem uma união dos conteúdos teóricos com a prática, e também faz com que nossos alunos percebam que nos professores também somos humanos, que temos sensações e reações ao diferente.

    3. Um dos fatores que julgo é a forma tradicional de o aluno ficar em tempo integral sentado nas carteiras copiando, escutando ou interagindo com o professor, mas não sei como poderíamos mudar isso, percebo que esta prática não é legal nem quando nos docentes estamos em atividades como cursos. Todo mundo reclama, é cansativo, é maçante, então para nossos alunos isso não é diferente. Mas dentro das regras em que estamos inseridos não sei qual seria a forma ou modo de mudarmos isso. Gostaria de contar com as diferentes visões dos colegas professores sobre este assunto.

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  37. Todos nós, hoje adultos também já passamos por essa fase da juventude, mas acredito de uma forma diferente em relação principalmente à aprendizagem e ao mundo do trabalho, pois eram outras épocas. É uma etapa de transformações emocional, física, social e até comportamental e que dependendo do contexto social em que vivem muitas vezes os jovens são influenciados. Hoje, pensando em termos de socialização, o jovem quer ser visto e muitas vezes o modo de ele se manifestar é na escola através da indisciplina, uma vez que no meio familiar muitas das vezes ele não é percebido nem consultado. Assim, ele se manifesta através da violência física e/ou verbal entre professor-aluno, entre alunos gerando assim muitos conflitos. Em relação ao mundo do trabalho e a aprendizagem, em minha opinião, há uma enorme discrepância; à maioria dos jovens nada lhes interessa em termos de aprendizagem e o mercado de trabalho cada vez mais exige uma preparação maior com comportamentos, atitudes, habilidades e conhecimento, devido ao avanço tecnológico e à globalização. Coloco aqui também uma desvalorização pelo estudo por parte dos jovens, mas ao mesmo tempo, sabem que é um requisito essencial para a entrada no mercado de trabalho e uma ascensão social.
    Uma experiência e que nem sempre se consegue realizar são os projetos em pequenos grupos onde verifiquei que há um envolvimento maior em relação à aprendizagem; embora para chegar até esse ponto houvesse uma transmissão e compreensão dos conteúdos de uma forma sistematizada. No meu caso trabalhei com embalagens, desde a confecção, cálculos, imaginação de um produto para a embalagem, criação de uma publicidade para esse produto e a apresentação da mesma através de vídeo ou ao vivo na sala.
    A mudança que vejo essencial e que já está sendo proposta a nível nacional, é a reformulação curricular, para que o jovem veja algum significado tanto para a vida dele quanto para o seu futuro profissional. Acredito também que embora nos dias de hoje haja um maior acesso à educação, os jovens ainda buscam um resultado imediato e o conhecimento não se faz dessa forma, mas sim ao longo da vida.

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  38. A forma de organizar a escola, metodologia, a relação com a comunidade devem buscar formas mais alinhadas com os desafios do século XXI, um mundo que as tecnologias de comunicação revolucionou, no qual as relações do mundo do trabalho são muito mais imprevisíveis do que eram antes. Os alunos esperam que as instituições educativas estejam mais alinhas com esses desafios, com a tecnologia e com as novas formas pedagógicas evoluídas que estão sendo usadas para aprimorar o conhecimento.

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  39. QUESTÃO 1
    Os nossos jovens alunos estão vivendo num período em que o mundo todo está conectado de uma forma nunca antes percebida, onde as informações são propagadas a velocidades sem precedentes, sem que saibamos as influências que causam nas mentes em desenvolvimento. O que para nossa geração e anteriores era um curso de capacitação em informática, hoje é o "beabá", o trivial para o cotidiano, relacionamentos, realização de tarefas, brincadeiras e estudos.
    Esta facilidade em se obter informações, em grande volume e de forma quase instantânea, torna muito complicado o controle da qualidade do que chega aos jovens, que são bombardeados por mídias de massa, por consumismo, por futilidades e pela "facilidade" que está implícita em se conseguir tanta informação, sem muito esforço.
    Aliado a esta condição criada pelo desenvolvimento rápido das comunicações, está um esforço inapropriado do poder público em obter números. As metas são mensuradas em número de aprovações, evasão escolar, notas e isto não forma cidadãos competentes, capacitados, curiosos, que colaborariam para o desenvolvimento de uma sociedade por completa, pelo contrário, isto forma Vestibulandos, que vão despreparados para enfrentar a realidade acadêmica e, assim, o mercado de trabalho. O Resultado disso é uma população que trabalha para sobreviver e manter a própria família, muitas vezes sem uma perspectiva de melhorar sua situação, ou de colaborar com o desenvolvimento da sociedade como um todo.
    Muita informação, pouca qualidade e a oportunidade de um governo mostrar números, este é o cenário que nossos Jovens alunos encontram.

    QUESTÃO 2
    Trazer exemplos práticos para as aulas, tornando-as mais lúdicas e claras, como no caso de trazer componentes de computador para que os alunos possam mexer, perguntar, desmontar, ou ainda, mostrar como o que lhes será ensinado poderá ser usado no cotidiano, mesmo que não se siga a profissão de Técnico em Informática. Isso soa como um desafio, aguçando sua curiosidade e os tirando da inércia.

    QUESTÃO 3
    Qualidade no ensino, infra-estrutura das escolas e capacitação dos docentes são os pilares principais para uma sala de aula eficiente.
    Qualidade de ensino, medida em conquistas científicas, produções literárias, desenvolvimento da sociedade, não em números de aprovados.
    Infra-estrutura que dê condições de conforto e segurança a todos os envolvidos no processo da educação. Professores, alunos, funcionários e comunidade em geral, usando os equipamentos disponibilizados pela escola de forma sadia e proveitosa, não com TVs cor de laranja, ou ares-condicionados comprados como se fossem itens de cesta básica, sem que possam sequer ser instalados de forma segura.
    Capacitação dos docentes e demais colaboradores envolvidos com a escola, que devem ter seus direitos trabalhistas garantidos, seus salários pagos em dia e justos, que são ouvidos sem repressão e reconhecidos como a base da sociedade, como formadores.

    Prof. Marcus Vinícius Sanches Ribeiro

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    1. Frente à resposta da questão n°1 do professor Marcus, eu digo que gostei muito dos apontamentos feitos, e estes me fizeram refletir sobre como a forma de comunicação evoluiu nos últimos quinze anos. Isto é, vivemos numa sociedade globalmente interconectada baseada na informação, mas ainda não aprendemos a lidar 100% com as tecnologias vindas nestes anos, de forma que elas pudessem interferir no nosso cotidiano e propagar não somente “o prazer”, aquilo que me satisfaça, mas também “novos olhares” aos conteúdos veiculados, e direcioná-los à construção de uma nova mentalidade, voltada à melhora na vida pessoal e colaborar para o desenvolvimento social. Desta forma também, poderemos dar um pontapé inicial para a construção de novas políticas públicas.
      - Professor Roger Fernando Soares -

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  40. Paulo Carrano, em sua obra “Juventudes: as identidades são múltiplas” afirma que “os jovens fazem a cada dia uma nova cidade que, em grande medida, é terra estrangeira para aqueles que não compartilham dos mesmos referenciais de identidade e se tornam impotentes para reconhecer a multiplicidade de sinais que emanam de suas múltiplas práticas. ... A identidade juvenil é apresentada não como algo que possa estar comprometida em determinada idade biológica, mas como um processo de contínua transformação, individual e coletiva, no jogo de experiências múltiplas.” Vemos diferentes modos de sociabilidade e de conexão com as pessoas e o mundo, feitos especialmente pela via digital. Qual é o efeito real das mudanças tecnológicas nos modos de relacionamento jovem?
    Marcos Meyer não se cansa de repetir que temos “mudança de gerações” em períodos de tempo cada vez menores... Temos, assim, jovens com culturas, comportamentos, formas de estabelecer vínculos com as pessoas e o saber, de maneiras totalmente diferentes não mais apenas a cada 20 ou 25 anos, mas a cada 7, 6 ou 5 anos.
    Estar constante e continuamente antenado a essas mudanças é quiçá o grande desafio da prática escolar: pessoas e estrutura...
    Há experiências muito positivas, a destacar a participação dos alunos de espanhol num Encontro Internacional de Contadores de Histórias. Era perceptível a alegria - manifesta depois em sala de aula – por entender o que os contadores do Chile, Panamá e México estavam falando. Ou então o momento de montar uma carta codificada. Para isso os alunos precisavam ter um vocabulário mais ou menos amplo para saber com que imagens poderiam contar, acrescentar ou subtrair partes das palavras, para então, finalmente, montarem seu texto.
    A partir disso, como fazer para que os alunos permaneçam ou retornem???
    Bem complicado, não é mesmo?
    Bom, penso que não podemos evadir a inclusão cada vez maior da tecnologia como recurso didático e pedagógico. Usar o celular como ferramenta de pesquisa em sala de aula, contar com o data show, resgatar a quase obsoleta – mas ainda bem útil – TV pen drive.
    E também, contar com a ajuda e acessória de estudiosos atualizados que nos ajudem a entender sempre mais e melhor “essa linda juventude, página de um livro bom” (como já cantava o “14 Bis), e ensinando técnicas e estratégias de “sedução” e encantamento (tipo aquelas flautas indianas de encantamento!!!)
    Mario Canisio - espanhol

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  41. Percebo que a maioria dos nossos alunos do Ensino Médio, são pessoas individualistas, consumistas e imediatistas. Isso gera muita ansiedade, alguns vão em busca de trabalho para a satisfação desse consumo , deixando de lado o comprometimento com os estudos. Outros vem para a escola com o compromisso apenas de marcar presença, fazer por fazer ou só faço se valer nota, sem dar importância a se realizar pessoal e profissionalmente.
    Trabalhar com jogos na turma do 9ºC foi uma experiência positiva. Embora a finalidade do jogo não fosse a de competir, mas sim, a possibilitar a construção do conhecimento, os alunos se agitam mais, pois comemoram, torcem pelo adversário errar e até discutem. Em contrapartida eles se desinibem, questionam, participam, se interessam e discutem ideais e resultados havendo assim uma aprendizagem significativa.
    A mudança seria menos conteúdos, mais aulas (disciplinas com apenas 2 aulas semanais), mas com um amplo significado para sua vida e seu futuro profissional.Professora: Silvana

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    1. Concordo com a professora Silvana que a maioria de nossos alunos são pessoas consumistas e imediatistas.Como vários colegas citaram só fazem o que vale nota, deixando a aprendizagem de lado. E como esta sendo difícil trabalhar as dificuldades, tentar fazer aulas dinâmicas e dar conta de tantos conteúdos com apenas 2 aulas semanais.

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  42. Atualmente o nosso jovem não vê interesse na escola. Ele é imediatista, tudo tem que ser resolvido no mesmo instante. Não tem interesse no que vai acontecer amanhã. Por isso a preocupação maior dele é com a socialização e não tem a escola como um instrumento que o leve ao mercado de trabalho. Não vê a escola e nem em seus professores como algo que irá acrescentar na sua vida. A preocupação de muitos é em conseguir o seu diploma.
    Mesmo em atividades que você encontra uma motivação dos alunos, como as que propõem desafios, o resultado não é o esperado. Como por exemplo, um jogo de perguntas ou respostas. Percebe que ocorreu uma preocupação em vencer aquele conteúdo para estar na frente. Mas de uma forma mecânica.
    Acredito que precisamos criar formas que ensine esse aluno a criar responsabilidades e participação. Só que isso deve ser um esforço coletivo, de toda a comunidade escolar (professores, direção, pedagogia e principalmente da família)
    A primeira tentativa da pedagogia no Colégio Zardo em fazer com que o aluno venha a escolher o seu representante de turma é um caminho para isso. Acredito que agora deveria se fazer uma segunda parte, a de discutir com o aluno se a escolha deles realmente foi consciente e responsável. Por que algumas escolhas foram questionadas por eles e por professores.
    A mudança foi muito rápida e a escola não conseguiu acompanhar na mesma velocidade. A Escola tem um grande desafia a sua frente. Precisamos criar um espaço em que o aluno consiga se ver pertencente aquele espaço. Dando a ele oportunidade de viver mais a escola. Como: criação de grêmios, espaços de discussões, mais projetos como o que já ocorre na escola com o badminton, oportunizar o uso cada vez maior do espaço escolar. È claro que para isso é fundamental o envolvimento da mantenedora no suporte técnico e da família.
    Professora Joceli

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  43. 2. Eu citaria uma produção de texto em que solicitei aos alunos do 1º ano que fizessem, num primeiro momento, um desenho / uma colagem sobre os sonhos que têm para o futuro; em seguida, pedi que contassem por escrito quais eram esses sonhos e como pretendiam realizá-los. Foi muito interessante ler os textos que resultaram desse trabalho. Pude conhecer melhor meus alunos e percebi que, além de querer trabalhar para ganhar dinheiro, projetos em favor dos excluídos também compõem os sonhos desses adolescentes.
    O envolvimento foi geral, pois todos sabem/ querem falar de si. Como muitos gostam de desenhar, aproveitaram a ocasião para .demonstrar seu talento. Para quem não queria desenhar, a colagem foi um alternativa que funcionou.
    3. É preciso investir, continuamente, no acolhimento a esse jovem, pensando em alternativas flexíveis que respeitem o fato de ele ser um estudante-trabalhador (por exemplo, negociar prazos), mas sem descuidar da sua formação, claro. Como a professora Marilise, acredito que é preciso mudar o currículo e o formato das aulas. Mas, para isso, também é preciso que os pais entendam que as nossas aulas não se medem pela quantidade de páginas que o aluno copia. (Denise)

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  44. Nossos alunos, em sua grande maioria, podem apenas se dedicar aos estudos, pois ainda não precisam estar no mercado de trabalho, porém, poucos são os que tem objetivo e que realmente percebem a importância destes, vivem em um mundo imediatista, não conseguem perceber o porquê de estarem aprendendo determinados conteúdos, e os livros pouco trazem algum significado para eles. O material didático muitas vezes não atinge o aluno, principlamente em Inglês, pois além do mesmos não compreenderem a língua com seus significados, eles não compreendem o conteúdo , portanto procuro trabalhar com assuntos atuais onde eles possam interagir e ter uma opinião sobre o mesmo.

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  45. 1. É triste ver que muitos de nossos alunos desistem da escola ou se desinteressam das aulas quando o horário de trabalho começa a pesar em sua rotina. Sem dúvida, também contribui para isso a dissociação entre a formação que a escola se propõe a dar e a ansiedade dos jovens em ingressar no mercado de trabalho, a que alude o texto. Daí a importância de investir, continuamente, na permanência desse jovem na escola, pois o estudo é a única forma de garantir o acesso ao “estatuto de adulto e às capacidades econômicas que lhes são associadas” (Bourdieu). Essa não é tarefa das mais fáceis: afinal, não podemos esquecer que vivemos dentro da escola as contradições da sociedade, que busca a inclusão, mas não promove as necessárias alterações na estrutura social. (Denise)

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  46. Questão 1) Minha visão é fragmentada, dou aula apenas no ensino subsequente, mas o que pude observar é que os alunos, na sua maioria, estão desmotivados em relação ao ensino técnico. São imediatistas, o estudo de hoje deve ser aproveitado hoje, não há uma preocupação com o futuro, com a formação profissional. A maioria dos bens de consumo de hoje são descartáveis, planejados para uma vida útil muito curta e principalmente os alunos mais jovens transferem esta visão imediatista pra os estudos, para a educação.

    Questão 2) Uma das aulas deste bimestre foi sobre aprendizagem nos programas de treinamento da empresa. Os alunos fizeram vários questionamentos e sanaram muitas duvidas e curiosidades sobre como se dá o processo de aprendizagem.

    Questão 3) Conversar com os alunos, conhecer sua realidade, suas dificuldades e proporcionar uma flexibilização em relação a cobranças e avaliações.

    Profa. Ana Franke Ribas

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  47. Infelizmente muitos dos nossos jovens apresentam uma postura inadequada e negligente com relação aos estudos. Esquecem-se que estudar é um trabalho ativo de construção de significados que requer disciplina e esforço. Vários alunos apresentam um comportamento imediatista. Têm acesso fácil à informação, mas não sabem o que irão fazer com elas. Quando é solicitado a leitura de uma obra literária, não fazem, simplesmente procuram o resumo e copiam. Não leem, escrevem e reescrevem. A consequência é uma leitura e escrita deficientes. Falta a essa geração ambição, perspectiva de futuro. Por isso incansavelmente mostro aos meus alunos a real importância da educação, procuro fazê-los enxergar que somente através dela conseguirão melhorar sua condição social. Nossos jovens precisam perceber que a importância da educação vai além do aumento da renda individual ou das chances de se obter um bom emprego. É preciso conscientizá-los que educação de qualidade é um direito básico que assegura o cumprimento de outros direitos. ( direito à saúde e bem-estar, ao meio ambiente sadio, condições adequadas de trabalho, a ser tratado com dignidade, etc.)

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  48. Na sua grande maioria os alunos não costumam a pensar no “amanhã”, como todos os jovens, estão focados na busca do "agora", sem pensar nas consequências. Não há paciência e nem discernimento para este ser que vive o imediatismo. Num mundo cada vez mais informatizado e tecnológico, fica difícil prender a atenção do aluno e convencê-lo que ele precisa, pelo menos, conhecer os “elementos coesivos” (ex: conjunções), que isto os ajudará não só a compreender melhor textos como também facilitará a sua produção, e refletindo também na sua vida profissional; mas infelizmente a maioria dos estudantes se preocupam em “passar de ano”, tirar nota é o grande objetivo da vida escolar, deixando em segundo plano o aprendizado, a apropriação do conhecimento. Eis no grande desafio dos professores: como resgatar este aluno, desinteressado, para valorizar esta oportunidade, tornando este tempo que ele fica na escola seja mais prazeroso? O que fazer para que ele desvincule a apropriação do conhecimento da avaliação (nota)?
    Profª Heliete

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  49. Percebe-se que os estudantes têm pouco acesso e pouco interesse em desenvolver uma cultura diferente da sua. Se socializam muito bem, sempre em seus grupos que apresentam pontos em comum, a grande maioria não esta comprometida com a aprendizagem, apenas com notas para passar de ano, e outros, nem isso.Estão ansiosos para entrar no mercado de trabalho, como o próprio texto relata, para poderem consumir gerando certo status entre os colegas, mas quando trabalham e estudam ao mesmo tempo, não conseguem se organizar, ficando os estudos em segundo plano.
    Quando é possível trazer vídeos sobre o assunto, desenvolver jogos sobre o tema, atividades de montagem se motivam um pouco mais. Durante as explicações quando é possível fazer analogias ou exemplificar com o cotidiano há uma grande participação das turmas.
    O abandono escolar é um tema complexo que envolve vários fatores. Acredito que podemos minimizar com recursos que não dependem apenas de nós, mas da mantenedora, como no caso de um laboratorista que ajudaria a deixar nossas aulas de Biologia/Ciências mais atraentes e a melhoria do laboratório de informática.

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  50. 1. Fiquei surpreso com alguns elementos do comportamento dos jovens, principalmente do ensino médio, já que só tinha tido experiências até agora com outros públicos, majoritariamente adultos. Algumas questões são bem aparentes, como a distância percebida entre o conhecimento que a escola pretende oferecer e as necessidades práticas dos alunos, agora e na vida adulta / profissional. Esse conflito entre ensinar para uma formação universal e ensinar para o trabalho ou propósitos específicos continua presente (e relevante, considerando a discussão de uma Base Nacional Comum Curricular). Talvez essa confusão sobre a função da escola alimente a atitude de considerar o ensino apenas como uma série de obstáculos que os alunos vão enfrentar para se “libertar” e começar efetivamente suas vidas. Também percebo em boa parte de nossa “clientela” uma preocupação com o emprego/trabalho e não com uma profissão/carreira. Essa distinção é relevante: os alunos se mostram, certamente por fatores socioeconômicos, preocupados com o futuro imediato e não com a construção de uma vida.
    2. Trabalhar com adolescentes que estão permanentemente conectados ao mundo e aos outros, principalmente por meio de redes sociais, cria situações interessantes para um professor de inglês. A língua, dentro do paradigma tradicional da escola, continua como algo distante e “externo” aos alunos, e ao mesmo tempo esses mesmos alunos são “bombardeados” constantemente com o inglês por meio de músicas, filmes, jogos e a própria cultura da internet e das redes sociais. Algumas vezes consegui trazer parte desse conhecimento presente nos alunos e utilizá-lo para esclarecer/ reforçar questões de aprendizagem, o que se mostrou muito produtivo, e que pode ser uma estratégia para cruzar esse abismo entre aprendizado formal e uso prático.
    3. Acho que a escola precisa definir melhor seu papel no mundo. O discurso de ênfase na educação como força transformadora de um país é muito bonito, mas pobre em detalhes: qual educação, para quem e com qual objetivo? Acredito que responder essas perguntas ajudaria a resolver o conflito entre aluno e escola e reduzir o percentual de indivíduos que deixam a escola e mesmo daqueles que permanecem mas levam muito pouco dela para a vida. É obvio que ainda estamos muito longe do nível de investimento em pessoal e estrutura para um sistema educacional eficiente, mas acredito na existência de um problema existencial que precisa ser enfrentado se o objetivo é realmente o desenvolvimento da educação.

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  51. 1)0s alunos realmente são muito imediatistas no geral .A nota é mais importante que o saber ,a pressa em ver o resultado é suficiente para passar de ano, não o faz pensar na verdadeira importância do processo de aprendizagem ,compreensão, pesquisa ,entendimento ,interação etc.Não os faz compreender que para se manter no mercado de trabalho é preciso estudar,pesquisar ,se aperfeiçoar ,manter -se informado e ter paciência para chegar em um objetivo maior.
    2)Algumas vezes proponho aos meus alunos desafios matemáticos durante as aulas ex .sudoku.Acho que consigo obter uma competição saudável e interação para chegar ao resultado ,pois sai de uma matemática engessada e fazendo o aluno a raciocinar ,usar a percepção a logica e a dedução de forma leve .
    3)Quanto à evasão escolar ,realmente não é só um problema da nossa escola.A evasão é muito particular não sabemos os reais motivos que levam os alunos a abandonar ou se afastar temporariamente da escola.A escola deve ter estrutura mais própria possível para o estudo em geral e para todos os alunos .Mas a evasão pode ter motivos que estão acima da escola ou do que poderíamos imaginar.
    Prof.ªAngélica

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  52. 1°) Sobre a percepção dos nossos jovens alunos em relação à cultura, a socialização, a aprendizagem e o mundo do trabalho:

    As mudanças que vêm ocorrendo e transformando o mundo, a forma de viver, interagir e se comunicar são reflexos na vida de cada cidadão. O desinteresse desmedido, a “situação-problema” (como a enxergamos), que os nossos jovens alunos enfrentam hoje, veio se desenvolvendo por meio das vivências e costumes adquiridos por eles primeiramente no âmbito familiar (primeira instituição que contribui para a formação) e socialmente, ao longo de sua escolarização.
    A “geração tecnológica”, que assim a chamamos, trouxe com ela uma inovação na forma de se comunicar, e justamente hoje, em pleno séc. XXI, juntamente com eles, somos uma sociedade globalmente interconectada baseada na informação. A internet surgiu, modernizou-se, tornou-se popular, mas ainda não aprendemos a lidar 100% com as tecnologias interligadas a ela. E quando digo em lidar com estas tecnologias na sua totalidade, é saber reconhecer, de fato, quais os benefícios e malefícios que estas podem trazer ao meio, de forma que possam interferir no nosso cotidiano e propagar não somente aquilo que apenas satisfaça (o prazer), mas também crie “novos olhares” frente às informações e aos conteúdos veiculados.
    Saber reconhecer e aplicar o conhecimento seria um pontapé inicial para a criação de uma nova mentalidade, voltada à melhoria da vida pessoal, familiar e colaborando também para o desenvolvimento do meio social e à construção de novas políticas públicas e suas aplicabilidades.
    Mas infelizmente, esta ideia ainda se coloca longe de acontecer, pois: o sistema educacional permanece num pilar enfraquecido, uma vez que a política pública em suas instâncias coloca-se desonesta frente ao seu discurso parlamentar e o cumprimento deste; A própria sociedade, desacredita e rotula que “o ensino público no Brasil é fraco”; Nossos colégios sofrem as depredações, envelhecimento e desgaste dos recursos metodológicos sem sequer uma “manutenção ou troca adequada”; Os recursos tecnológicos que chegam, ou já estão defasados ou não tem qualificação profissional disponível para a sua utilização. Com isso, o aluno se sente desmotivado em assistir a uma aula.
    Culturalmente, o que se percebe da Educação no país é um descaso total, pois nunca se deu uma importância tão significativa no que diz respeito ao aspecto qualitativo, e sim quantitativo. Enquanto o aluno for tratado como “um cidadão a mais”, e com uma média numérica a atingir, seja na sala de aula com a média bimestral para a aprovação, ou seja no aspecto governamental com seus índices de aprovação, teremos um estudante longe de ser aquilo o que desejamos.
    O próprio aluno passa a encarar a realidade com o passar do tempo, e com a própria ação de amadurecimento, a enxergar todo o processo político em seu entorno, por conta do convívio familiar, social e educacional. Aí, cria-se uma visão de mundo onde o trabalho traz a condição financeira e o sustento (as roupas de marca, as parafernálias tecnológicas, as festas com os amigos, etc), e deixa-se de lado, muitas vezes, o lado estudantil, pois como já foi dito em outros comentários dos colegas professores aqui no blog, o imediatismo é o que traz a liberdade e o prazer. Por outro lado, o estudo requer tempo, disposição e cidadãos aplicados para colocar os conteúdos em ordem. Uma vez que o sustento seja garantido, só dará valor ao estudo aquele que precisar almejar cargos ou conhecimentos mais específicos.

    - Professor Roger Fernando Soares -

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  53. 2°) Sobre uma experiência de aprendizagem positiva na minha disciplina que envolveu os jovens e levou-os à participação e ao interesse nas aulas.

    Primeiramente, Durante os meus seis anos de prática docente o meu contato maior sempre foi com adolescentes do Ensino Fundamental II, e o mínimo com jovens do Ensino Médio ou Profissionalizante. Mesmo assim, tive algumas experiências positivas que valem a pena serem compartilhadas.
    Em Língua Portuguesa, na produção textual argumentativa, já levei temas polêmicos e inclusive auto-avaliativos para a sala de aula, e sem que os alunos citassem seus nomes nas redações, eu realizava as trocas e pedia que outro colega da mesma turma ou de outra avaliasse o argumento apresentado com o seu posicionamento pessoal frente ao texto escrito. A experiência sempre foi positiva, pois surgiam novos argumentos, debates sobre o assunto, e na medida do possível eu já associava o conteúdo debatido aos próximos gêneros textuais a ser trabalhado em sala, para ganhar tempo na discussão.
    Em Espanhol, já tive experiências excelentes quanto à produção de gêneros textuais e apresentação. Um deles foi um folder turístico apresentado com o objetivo de informar aos visitantes da Copa como era Curitiba, a capital sede, sua infraestrutura, pontos turísticos, gastronômicos e culturais.
    - Prof. Roger Fernando Soares -

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  54. Disse no comentário da primeira pergunta e retomo aqui o discurso e alguns pontos que enfraquecem o nosso sistema educacional:
    1°) A política pública em suas instâncias que se coloca desonesta frente ao seu discurso parlamentar e o cumprimento deste;
    2°) A sociedade, que frente à política pública desacredita e rotula que “o ensino público no Brasil é fraco”;
    3°) Nosso espaço físico escolar, que sofre as depredações, envelhecimento e desgaste dos recursos metodológicos sem sequer uma “manutenção ou troca adequada”;
    4º) Os recursos tecnológicos, quando chegam, e já estão defasados ou não tem qualificação profissional disponível para a sua utilização.
    Com isso, o próprio aluno se sente desmotivado em assistir a uma aula.
    E para que isso seja revertido, sem esperar muito dos nossos governantes, o professor realmente deve ser o herói em sala de aula, na missão de resgatar um ensino de qualidade, fazendo-o de forma criativa, com o auxílio de elementos tateáveis, visuais, um vídeo (mas que não seja de outro professor falando, e sim de elementos visuais e auditivos que contribuam à sua explicação), cartazes explicativos e de fixação (com regrinhas, aquelas usadas em pré-vestibulares), até mesmo contextualizar a aula com máscaras e fantasias.
    Acredito que tudo o que seja lúdico e que faça o aluno “enxergar” o conteúdo, auxiliará na construção da aprendizagem. Além disso, os recursos audiovisuais também contribuem para a contextualização do conteúdo em sala de aula. E lógico, se o ambiente físico não propiciar a execução de tais métodos, deve-se procurar outro ambiente, onde pelo menos dê para exercitar estas práticas.
    - Prof. Roger Fernando Soares -

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    Respostas
    1. Isso, em resposta à pergunta 3:
      Considerando a necessidade de oferecer condições de incentivo ao retorno e à permanência para os estudantes que a abandonaram, que aspectos relacionados a aprendizagem precisariam mudar na escola?

      -Prof. Roger

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